quinta-feira, 9 de maio de 2013

Comunicação com o idoso e atenção farmacêutica


 
A maioria dos problemas que surgem em nosso dia-a-dia, são provenientes da incapacidade de comunicação, ou seja, de saber ouvir, falar e conseguir dialogar com o próximo.
Uma boa comunicação significa partilhar com alguém um conteúdo de informações, idéias, desejos e pensamentos, através de códigos comuns. Falar, ouvir e prestar atenção, tratam-se de pré-requisitos simples, porém fundamentais.

No caso da comunicação com uma pessoa idosa, o familiar, cuidador ou profissional de saúde deve atentar-se bem para que evitar falhas na comunicação, e acabar até mesmo culpando o idoso por isso.

Há diversas doenças comuns à idosos que podem dificultar o entendimento do que o idosos está comunicando, é o caso do alzheimer, acidente vascular cerebral (AVC), que levam à trocas de palavras, frases sem nexo ou cortadas pelo meio.
Outros fatores comuns à dificuldade de comunicação são a fala baixa, rouquidão, além do cansaço para falar, provenientes de doenças pulmonares ou cardíacas. Problemas odontológicos, como o uso de próteses dentárias mal-posicionadas, a falta de próteses e o pouco cuidado com a saúde bucal estão entre os maiores inimigos da boa dicção.



Disacusia é o termo que define a dificuldade de ouvir e de entender o que possivelmente se ouve. Trata-se de uma das patologias mais comuns entre os idosos, principalmente após a 8ª década de vida, e também a mais negada: "Não precisa gritar, estou ouvindo perfeitamente!"

Devemos nos atentar aos problemas de audição nos idosos, principalmente quando nota-se seu comportamento de maneira vaga, quase que isolados, evitando o convívio social. 

Devido à todos os fatores citados, é comum que a pessoa cuidada fique  irritada por não conseguir falar ou se expressar de maneira adequada, embora até consiga entenda o que está sendo dito à ela. Para melhorar a comunicação com o idoso e evitar desconfortos, aconselha-se o uso das dicas a seguir:

• Faça uso de frases curtas e objetivas.

Evite tratá-las como crianças utilizando termos inapropriados como “vovô”, “querido” ou ainda utilizando termos diminutivos desnecessários como “bonitinho”, “lindinho” (a menos que a pessoa goste).

• O cuidador deve repetir a fala, quando essa for erroneamente interpretada, utilizando palavras diferentes.

Fale de frente, sem cobrir a boca, não se vire ou se afaste enquanto fala e procure ambientes iluminados para que a pessoa além de ouvir, veja o movimento dos lábios da pessoa que fala com ela, assim entenderá melhor.

Aguarde a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois a pessoa pode necessitar de um tempo maior para entender o que foi falado e responder.

Não interrompa a pessoa no meio de sua fala, demonstrando pressa ou impaciência. É necessário permitir que ele conclua o seu próprio pensamento.

• Caso o cuidador não entenda a fala da pessoa cuidada, peça que escreva o que quer dizer. Se a pessoa cuidada não puder escrever, faça perguntas que ela possa responder com gestos e combine com ela que gestos serão usados, por exemplo: fazer sim ou não com a cabeça, franzir a testa ou piscar os olhos, entre outros.

Diminua os ruídos no ambiente onde a pessoa cuidada permanece.

• Sempre que a pessoa demonstrar não ter entendido o que foi falado, repita o que falou com calma evitando constranger a pessoa cuidada.

• Procure falar de forma clara e pausada, aumentando o tom de voz somente se realmente for necessário.

• Verifique a necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas que possam estar dificultando a comunicação.

Converse e cante com a pessoa, pois essas atividades estimulam o uso da voz.
A música ajuda a pessoa cuidada a recordar pessoas, sentimentos e situações que ocorreram com ela, ajudando na sua comunicação.

Cristiane Faria 
Coordenadoria Científico 
Gestão 2012/2013



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