quarta-feira, 21 de março de 2012

Prevenção do HPV: Uma questão de saúde pública


Segundo uma das principais revistas médicas do mundo, British Medical Journal, exames ginecológicos regulares levam as chances de se sobreviver ao câncer de colo de útero a 92%.

Médicos recomendam que todas as mulheres sexualmente ativas façam o exame de papanicolau pelo menos uma vez ao ano. Nele, uma pequena amostra do colo do útero é retirada e levada para análise, e a partir dela, pode-se detectar o câncer na região já em seus primeiros estágios, antes do aparecimento de sintomas.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, o câncer de colo de útero também chamado de cervical, demora anos para se desenvolver. Alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, o papanicolau. 

A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco (16, 18, 31, 33, 45, 58) e relacionados a tumores malignos.

O HPV é responsável por lesões conhecidas como papilomas e, no caso dos tipos severos, pode causar tumores malignos não só em regiões genitais como vagina e pênis, mas também na boca, faringe e no ânus.

As vacinas disponíveis hoje no mundo não garantem imunidade contra todos os subtipos de HPV, sendo registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as vacinas quadrivalente (HPV 6,11,16 e 18) e bivalente (HPV 16 e 18) contra o câncer do colo do útero, indicadas para mulheres com idade entre 9 e 26 anos.

Segundo o médico alemão Harald zur Hausen, os homens, em geral, não estão informados quanto ao perigo de contrair o vírus. A incidência de tumor maligno no ânus é maior em homens e é manifestado pelo mesmo tipo de infecção do HPV.

Visto esses dados é evidente que HPV é uma questão de saúde pública atual. Sendo assim, investimentos governamentais em campanhas que visem a conscientização da população deveriam ser mais exploradas para que haja diminuição da incidência de câncer de colo de útero e propagação do vírus.


Natália Salomão
Coordenadoria do Científico
Gestão 2011/2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NO BRASIL: um sinal de desenvolvimento na Saúde Pública do país


Nos últimos anos o Brasil vem vivendo um período de grandes mudanças positivas que sinalizam o desenvolvimento que todos nós, brasileiros, tanto objetivamos.

Um segmento do país que desperta a atenção de todos é a área da saúde pública, cujos progressos relacionados à sua gestão, apesar de pouco anunciados, vem sendo revelados através de números recordes e satisfação por um grande número de cidadãos.

Como exemplo, temos o número recorde de 23.397 transplantes de órgãos realizados no ano de 2011 em todo o país, o qual é atribuído ao aumento do número de centros transplantadores e, também, ao aumento do número de comitês de captação de órgãos (equipes responsáveis por identificar eventuais doadores). Esse número representou o maior aumento verificado nos últimos 10 anos, refletindo na manutenção e no aumento da esperança de todos aqueles que esperam a tanto tempo por sua vez.

Dentre os transplantes mais abordados atualmente na mídia, destaca-se o transplante de medula óssea, o qual, no ano passado, também revelou números recordes na rede pública do país, expresso por um aumento de 40% em relação aos valores observados no ano de 2010. Tal fato é atribuído principalmente ao movimento solidário de uma grande legião de cidadãos, que através da realização de campanhas conseguem mobilizar inúmeras pessoas contribuindo, dessa forma, para o enriquecimento do banco de voluntários disponível para possíveis doações em todo o mundo. Graças a esses movimentos, o Brasil tem, atualmente, o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, constituído por 2,5 milhões de cadastrados, perdendo apenas para o dos Estados Unidos e o da Alemanha. Dessa maneira, o tempo médio na fila de espera diminuiu significativamente, correspondendo a aproximadamente 5 meses além de que a chance de encontrar um doador compatível nos bancos de medula, passou de 10% em 2000 para 70% em 2011, refletindo os resultados da colaboração e motivação de toda uma nação.

Vale ressaltar que somado a esses fatores um aumento na perspectiva de se encontrar um doador nesses bancos se amplifica a medida que a miscigenação genética da população brasileira se torna cada vez mais presente.

Neste sentido, devemos caminhar juntamente com o país para o seu progresso e o seu constante desenvolvimento na área da saúde, mantendo-nos motivados a colaborar e, dessa forma, regar a semente da esperança na vida de muitos brasileiros.

Caroline Pagotto
Coordenadoria do Científico
Gestão 2011/2012