quinta-feira, 28 de março de 2013

Dia da Incontinência Urinária - 14 de março



Ainda que os avanços tecnológicos estejam cada vez mais visíveis e ajudem muito na melhoria da qualidade de vida do ser humano, é fato que estamos cada vez mais frágeis e suscetíveis a doenças dos mais diversos gêneros. Geralmente, isso se agrava ainda mais quando se trata de pessoas com idade mais avançada, os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do país e são os principais alvos da doença chamada: Incontinência Urinária.


Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a Incontinência Urinária afeta 1 em cada 25 pessoas no Brasil. Essa doença, que é mais comum em pessoas idosas, consiste em perda involuntária de urina. O que ocorre é que a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra, ou seja, há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do ciclo de micção. E essa patologia pode causar muito constrangimento às pessoas afetadas, e o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício ou movimenta-se.


Nessa faixa etária, as mulheres são duas vezes mais afetadas, atingindo cerca de 25% das mulheres após a menopausa. “Mas, ao contrário da crença popular, a doença não é uma consequência normal da idade, embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus quando nós envelhecemos”, diz a endocrinologista do Bronstein Medicina Diagnóstica/ DASA, YollandaSchrank.


A doença pode ainda ser transitória, e as causas são diversas: infecção urinária, constipação intestinal, uso de certos medicamentos, obesidade, desordens psicológicas ou associada à deficiência de estrogênio. Nestes casos, pode haver reversão da incontinência após o tratamento da causa. No entanto se houver persistências dos sintomas e até mesmo piora progressiva, está caracterizada a incontinência persistente. Nas mulheres, também é comum que a incontinência aconteça após o parto ou após cirurgias ginecológicas.


Muitos dos que sofrem com essa patologia se isolam com medo de passar por alguma situação constrangedora durante suas atividades diárias ou pela falta de um toalete disponível. A pessoa com Incontinência Urinária adapta sua rotina para fugir do desconforto dos sintomas: deixa de viajar, de ir a uma festa e evita até mesmo atividades rotineiras, como trabalhar, ir ao banco e fazer compras.


Se o problema não for tratado, o isolamento pode inclusive resultar em quadros de depressão. No caso dos idosos, a disfunção pode aumentar o risco de quedas e fraturas. Isso porque os pacientes com bexiga hiperativa sentem a vontade súbita de urinar e correm para o toalete.

É importante ressaltar que na maioria dos pacientes que sofrem desse male, a incontinência persistente pode ser melhorada com o tratamento apropriado, seja medicamentoso, comportamental ou através de exercícios para a musculatura pélvica e perineal. Em casos extremos, está indicado o tratamento cirúrgico para reparar o mau funcionamento dos músculos ou tecidos do trato urinário.

Na presença de sintomas sugestivos de incontinência urinária um médico urologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico da causa e individualizar o tratamento, que pode passar pelo emagrecimento, até a fisioterapia. Sendo assim, o dia da Incontinência Urinária é de muita importância não só para os profissionais da saúde conhecer mais sobre esse assunto, mas principalmente para sensibilizar o público para esta patologia, alertando para modos de identificar o problema, tratamentos apropriados e impactos negativos na qualidade de vida dos afetados.                      



Isadora Dantas Lunardi
Coordenadoria do Científico
Gestão 2012/2013

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