sexta-feira, 8 de março de 2013

Análise científica sugere restrição ao diclofenaco


 Uma análise foi feita por especialistas do Instituto de Pesquisa William Harvey, em Londres, e do Instituto para Ciências de Avaliação Clínica, no Canadá, sugere que o diclofenaco deixe de fazer parte das listas nacionais de medicamentos essenciais devido ao seu alto risco cardiovascular. Para os autores do trabalho, também, seria importante que as autorizações para o marketing do remédio ao redor do mundo fossem revogadas.

"O diclofenaco não oferece maiores vantagens em termos de segurança gastrointestinal. Dada a disponibilidade de alternativas mais seguras, o remédio deveria ser removido da lista de drogas essenciais dos países", escreveram os pesquisadores.

O diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroides prescritos para controlar dor, febre e a inflamação. Dentre os efeitos colaterais já previstos, os fármacos dessa classe elevam o risco do paciente sofrer algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral. Da mesma forma, os especialistas sabem que o diclofenaco pode aumentar essa chance mais do que qualquer outro medicamento como, por exemplo, ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e o naproxeno.

O risco cardiovascular do diclofenaco é equivalente ao apresentado pelo Vioxx (rofecoxib), que um dia já foi o anti-inflamatório mais vendido no Brasil e cuja venda foi proibida 2004 justamente pelo risco que apresentava ao coração.

Por ser um dos anti-inflamatórios mais vendidos no mundo, ele merece atenção especial. Recomenda-se o uso somente sob prescrição médica e acompanhamento constante do tratamento. 


                   
Luis Fernando Guerta Salina
Coordenadoria Científico
Gestão 2012/2013

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