Uma análise foi feita por especialistas do Instituto
de Pesquisa William Harvey, em Londres, e do Instituto para Ciências de
Avaliação Clínica, no Canadá, sugere
que o diclofenaco deixe de fazer parte das listas nacionais de medicamentos
essenciais devido ao seu alto risco cardiovascular. Para os autores do
trabalho, também, seria importante que as autorizações para o marketing do
remédio ao redor do mundo fossem revogadas.
"O diclofenaco não oferece maiores vantagens em termos de
segurança gastrointestinal. Dada a disponibilidade de alternativas mais
seguras, o remédio deveria ser removido da lista de drogas essenciais dos
países", escreveram os pesquisadores.
O
diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroides prescritos para controlar
dor, febre e a inflamação. Dentre os efeitos colaterais já previstos, os
fármacos dessa classe elevam o risco do paciente sofrer algum evento
cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral. Da mesma forma, os
especialistas sabem que o diclofenaco pode aumentar essa chance mais do que
qualquer outro medicamento como, por exemplo, ácido acetilsalicílico,
ibuprofeno e o naproxeno.
O risco
cardiovascular do diclofenaco é equivalente ao apresentado pelo Vioxx
(rofecoxib), que um dia já foi o anti-inflamatório mais vendido no Brasil e
cuja venda foi proibida 2004 justamente pelo risco que apresentava ao coração.
Por ser
um dos anti-inflamatórios mais vendidos no mundo, ele merece atenção especial.
Recomenda-se o uso somente sob prescrição médica e acompanhamento constante do
tratamento.
Luis Fernando Guerta Salina
Gestão 2012/2013
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