segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um panorama sobre a realidade dos portadores de necessidades especiais



Dia 03 de dezembro é o dia internacional das pessoas com deficiência física. Este dia é promovido pela Organização das Nações Unidas desde 1998, e tem o objetivo de aumentar a consciência da sociedade sobre os benefícios agregados pelo contato e integração das pessoas com necessidades especiais em cada aspecto da vida política, social, económica e cultural.

            Segundo a Organização Mundial de Saúde, a definição de deficiência e é usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Entretanto, este termo tem sido considerado como uma denominação depreciativa, que remete ao preconceito em vez de respeito ao valor integral do indivíduo.

            Educação Especial tem sido uma das áreas em que se têm desenvolvido estudos científicos para melhor assistir a estas pessoas. Assim, a educação regular passou a ocupar-se também do atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais, o que inclui pessoas com deficiência física, além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais.

            Atividades básicas, mas fundamentais que deveriam ser exercidas diariamente pelos portadores de necessidades especiais (PNE) são dificultadas quando é necessário ajuda de terceiros para que sejam realizadas. Impedimentos como andar de ônibus, ir ao banco, supermercados, farmácias, de oportunidades de trabalho, ou seja, a ambientes públicos são frequentemente encontrados por eles, fazendo com que estes sejam excluídos da sociedade. Estes tipos de dificuldades deveriam ser eliminados, não por piedade, mas por direito constitucional do PNE de ser incluso na sociedade, afinal, a limitação de um membro não significa a debilidade da mente.

            Os portadores de necessidades físicas têm direito à educação especial gratuita e de qualidade, atendimento domiciliar de saúde, inserção no mercado de trabalho no setor público e facilidade de acesso em edificações e vias públicas, afinal, são cidadãos como quaisquer outros, votam, pagam impostos, e têm seus direitos.

            Infelizmente, ainda é preciso realizar muitas mudanças para que o deficiente físico se torne independente. Rampas nas calçadas e aumento na frota de ônibus adaptados são poucas, mas algumas formas físicas de tornar a sociedade mais justa, igualitária e acessível, entretanto, a aceitação e o fim do preconceito são atitudes fundamentais para que haja uma real inclusão social. O objetivo ao criar um dia especial para o deficiente físico é justamente o de propor a reflexão e revisão das políticas criadas para esta parcela de cidadãos, que merecem ser respeitados e tratados com dignidade pela sociedade.


Gisele Corcino
Coordenadoria do Científico
Gestão 2012/2013

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