As ciências da saúde
constituem um domínio científico em constante evolução, seja pela introdução de
novas abordagens teórico-conceituais, seja pelo desafio de formar pessoal
qualificado que tenha como compromisso principal fazer progredir instrumentos científicos,
tecnológicos e socioeconômicos em benefício da saúde das pessoas. Em homenagem
a tantas descobertas, o dia 16
de outubro foi escolhido como o Dia da Ciência e
Tecnologia, a fim de valorizar as grandes descobertas e incentivar os
cientistas a desenvolverem novas pesquisas.
A ciência e a tecnologia são
os diferenciais para a saúde pública, é com a pesquisa que poderemos ter uma
equidade na prestação de saúde pública de qualidade para a população
brasileira, independente das classes sociais. O investimento do Ministério da
Saúde em pesquisa é expressivo para os países em desenvolvimento. Cerca de 20%
do orçamento do Departamento de Ciência e Tecnologia será empregado no edital
de chamada para pesquisas sobre doenças negligenciadas.
Sistemas setoriais de
inovação em saúde agrupam os segmentos industriais vinculados aos medicamentos
e fármacos, às vacinas, dispositivos diagnósticos, hemoderivados e equipamentos
médicos em geral, todos eles detentores de intensa agregação científica e
tecnológica. Ministério da Saúde financiou, entre 2004 e 2006, por meio de
editais nacionais, 822 projetos de estudos e pesquisas, tais como alimentação e
nutrição, sistemas e políticas de saúde, violência, acidentes e trauma,
mortalidade materna e morbi-mortalidade neonatal e saúde bucal em 2004; saúde
mental, saúde dos povos indígenas, neoplasias, avaliação econômica e análise de
custos em saúde, bioética e assistência farmacêutica, em 2005; doenças
negligenciadas, envelhecimento populacional e saúde do idoso, determinantes
sociais, genética clínica e desenvolvimento tecnológico e/ou inovação de
fármacos e medicamentos e insumos, equipamentos e reativos (kits) para
diagnóstico, em 2006.
O farmacêutico tem
importância no âmbito de pesquisa e novas descobertas de fármacos e insumos no
suporte terapêutico de pacientes, principalmente no desenvolvimento de ciência
e tecnologia que objetivam a busca de respostas para enfrentar de
situações ainda obscuras, como, por exemplo, a cura da AIDS e de tantas outras
patologias virais ainda sem tratamentos específicos e doenças degenerativas
novas.
Vale perceber que há cenários conflitantes, fruto da incorporação dos acúmulos científicos e tecnológicos, como exemplo o seu uso e consumo estimulado de forma descompromissada e numa perspectiva puramente mercadológica. Esse fato é bem exemplificado pelas indústrias farmacêuticas que tentam vender seus insumos e tecnologias diretamente ao consumidor final, sem a avaliação ou ponderação de profissionais quanto ao seu uso. Outro cenário diz respeito às questões ético-legais nas pesquisas com células embrionárias, células-tronco. Discute-se até onde vai o limite humano na manipulação de vidas para salvar outras vidas, da configuração ou não crimes de aborto e da forma não ética com que essas pesquisas podem ser usadas para discriminar seres “geneticamente perfeitos” dos ditos “imperfeitos”. Com certeza, motivados pelo grande avanço das pesquisas científicas e do suporte do aparato tecnológico, essas serão temáticas que ainda demandarão grandes discussões nas comunidades mundo afora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário