quinta-feira, 28 de março de 2013

Medicamento para hemofílicos estará à disposição no SUS em até seis meses

A hemofilia é uma doença genético-hereditária caracterizada pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifestada quase exclusivamente no sexo masculino.
Pelo descontrole da coagulação sanguínea, os hemofílicos correm o risco de apresentarem processos hemorrágicos frequentes. Devido à gravidade da doença, o tratamento da mesma deve ser realizado corretamente.
Com a oferta gratuita de um medicamento de alta tecnologia no controle de sangramentos para pacientes com hemofilia, cerca de 10 mil brasileiros serão beneficiados. O Ministério da Saúde aprovou no dia 7 de março de 2013 o uso do fator VIII recombinante, que estará disponível em até seis meses nos hemocentros do país, para esse tipo de tratamento.
Além disso, o Brasil também passará a produzir nacionalmente o medicamento, por meio de transferência de tecnologia. É o resultado da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada em outubro de 2012 com a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Por meio da PDP entre a Hemobrás e o laboratório privado americano Baxter, o Brasil irá incorporar a tecnologia e no decorrer dos próximos 10 anos passará a produzir o medicamento.
“A expectativa é de que o ministério passe a adquirir o medicamento a preço quatro vezes menor do que o valor médio atual pago para atender a demandas judiciais. Com a mesma eficácia e segurança que o do fator plasmático, já ofertado no SUS, o novo medicamento tem a vantagem de não depender de doações de sangue, o que limita a produção.”
“Estudos apontam que a taxa de sucesso no tratamento com o fator VIII recombinante é igual ou superior a 90%. Atualmente, 97% dos tratamentos para hemofilia realizados no SUS ocorrem com uso de plasma humano (plasmático). Atualmente, apenas três empresas no mundo produzem a droga.”
Fonte: http://portal.crfsp.org.br/noticias/4134-distribuicao-gratuita.html

Clique e veja esse infográfico sobre a hemofilia:

Thais Emboaba de Oliveira
                                                                                     Coordenadoria do Científico
Gestão 2012/2013

Dia da Incontinência Urinária - 14 de março



Ainda que os avanços tecnológicos estejam cada vez mais visíveis e ajudem muito na melhoria da qualidade de vida do ser humano, é fato que estamos cada vez mais frágeis e suscetíveis a doenças dos mais diversos gêneros. Geralmente, isso se agrava ainda mais quando se trata de pessoas com idade mais avançada, os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do país e são os principais alvos da doença chamada: Incontinência Urinária.


Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a Incontinência Urinária afeta 1 em cada 25 pessoas no Brasil. Essa doença, que é mais comum em pessoas idosas, consiste em perda involuntária de urina. O que ocorre é que a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra, ou seja, há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do ciclo de micção. E essa patologia pode causar muito constrangimento às pessoas afetadas, e o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício ou movimenta-se.


Nessa faixa etária, as mulheres são duas vezes mais afetadas, atingindo cerca de 25% das mulheres após a menopausa. “Mas, ao contrário da crença popular, a doença não é uma consequência normal da idade, embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus quando nós envelhecemos”, diz a endocrinologista do Bronstein Medicina Diagnóstica/ DASA, YollandaSchrank.


A doença pode ainda ser transitória, e as causas são diversas: infecção urinária, constipação intestinal, uso de certos medicamentos, obesidade, desordens psicológicas ou associada à deficiência de estrogênio. Nestes casos, pode haver reversão da incontinência após o tratamento da causa. No entanto se houver persistências dos sintomas e até mesmo piora progressiva, está caracterizada a incontinência persistente. Nas mulheres, também é comum que a incontinência aconteça após o parto ou após cirurgias ginecológicas.


Muitos dos que sofrem com essa patologia se isolam com medo de passar por alguma situação constrangedora durante suas atividades diárias ou pela falta de um toalete disponível. A pessoa com Incontinência Urinária adapta sua rotina para fugir do desconforto dos sintomas: deixa de viajar, de ir a uma festa e evita até mesmo atividades rotineiras, como trabalhar, ir ao banco e fazer compras.


Se o problema não for tratado, o isolamento pode inclusive resultar em quadros de depressão. No caso dos idosos, a disfunção pode aumentar o risco de quedas e fraturas. Isso porque os pacientes com bexiga hiperativa sentem a vontade súbita de urinar e correm para o toalete.

É importante ressaltar que na maioria dos pacientes que sofrem desse male, a incontinência persistente pode ser melhorada com o tratamento apropriado, seja medicamentoso, comportamental ou através de exercícios para a musculatura pélvica e perineal. Em casos extremos, está indicado o tratamento cirúrgico para reparar o mau funcionamento dos músculos ou tecidos do trato urinário.

Na presença de sintomas sugestivos de incontinência urinária um médico urologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico da causa e individualizar o tratamento, que pode passar pelo emagrecimento, até a fisioterapia. Sendo assim, o dia da Incontinência Urinária é de muita importância não só para os profissionais da saúde conhecer mais sobre esse assunto, mas principalmente para sensibilizar o público para esta patologia, alertando para modos de identificar o problema, tratamentos apropriados e impactos negativos na qualidade de vida dos afetados.                      



Isadora Dantas Lunardi
Coordenadoria do Científico
Gestão 2012/2013

sexta-feira, 8 de março de 2013

Análise científica sugere restrição ao diclofenaco


 Uma análise foi feita por especialistas do Instituto de Pesquisa William Harvey, em Londres, e do Instituto para Ciências de Avaliação Clínica, no Canadá, sugere que o diclofenaco deixe de fazer parte das listas nacionais de medicamentos essenciais devido ao seu alto risco cardiovascular. Para os autores do trabalho, também, seria importante que as autorizações para o marketing do remédio ao redor do mundo fossem revogadas.

"O diclofenaco não oferece maiores vantagens em termos de segurança gastrointestinal. Dada a disponibilidade de alternativas mais seguras, o remédio deveria ser removido da lista de drogas essenciais dos países", escreveram os pesquisadores.

O diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroides prescritos para controlar dor, febre e a inflamação. Dentre os efeitos colaterais já previstos, os fármacos dessa classe elevam o risco do paciente sofrer algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral. Da mesma forma, os especialistas sabem que o diclofenaco pode aumentar essa chance mais do que qualquer outro medicamento como, por exemplo, ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e o naproxeno.

O risco cardiovascular do diclofenaco é equivalente ao apresentado pelo Vioxx (rofecoxib), que um dia já foi o anti-inflamatório mais vendido no Brasil e cuja venda foi proibida 2004 justamente pelo risco que apresentava ao coração.

Por ser um dos anti-inflamatórios mais vendidos no mundo, ele merece atenção especial. Recomenda-se o uso somente sob prescrição médica e acompanhamento constante do tratamento. 


                   
Luis Fernando Guerta Salina
Coordenadoria Científico
Gestão 2012/2013